26
JUL
2015

Elaine Turk Faria

Associada na ADPPUCRS desde 20 de março de 1980, passou  quatro décadas na Universidade. Ao longo do tempo, completou  a graduação em Supervisão Escolar (1980), Mestrado em Educação (1988) e Doutorado em Educação (2002), todos os cursos pela PUCRS. Em paralelo, atuou como professora titular da Faculdade de Educação e professora-assessora na EAD da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul de 1973 a 2013, acumulando experiência na área de Educação, com ênfase em Educação a Distância (EAD) e legislação educacional, especializando-se nos seguintes temas: educação a distância, tecnologia educacional, ambientes virtuais, informática na educação, formação continuada e legislação educacional. Atualmente está aposentada.

1 – Como optou e como foi a sua carreira acadêmica?

Professora Elaine: sempre gostei de lecionar. Por isso, escolhi o curso Normal (Magistério) no Colégio Americano. Iniciei como alfabetizadora no próprio Americano logo após a formatura, enquanto cursava Pedagogia na PUCRS. Na universidade tive o apoio inicial de duas ótimas professoras (Délcia Enricone e Manuela Ramirez, ambas já falecidas), que logo confiaram em mim, convidando-me para ser professora na instituição. Depois, passei por diversas disciplinas, sempre na graduação. Fui coordenadora de departamento por 10 anos, quando pedi redução de carga horária para me dedicar ao doutorado. Nessa fase, me “encantei” pela Educação a Distância (EAD) pelas grandes possibilidades de uso da tecnologia digital na educação!

2 – É possível diferenciar a importância dos professores antigamente e nos tempos atuais? 

Professora Elaine:  os tempos mudam e a cultura também! Antigamente, o professor era mais valorizado (independente do salário) e as relações interpessoais eram mais tranquilas. Hoje, não basta saber bem o conteúdo a lecionar, pois os saberes docentes vão além disso! Há que saber lidar com situações difíceis, conflitos,  estar aberto a críticas, ser ponderado, saber avaliar (pois, com a EAD há mais facilidade no plágio), mas, principalmente, SER Professor significa gostar da docência e se dedicar a ela como Profissão!

3 – Estava preparada para a vida pós-docência?

Professora Elaine: não posso dizer que tenha “me preparado para a pós-docência”, mas eu já previa minha saída, pela idade (tinha 69 anos na época) e tempo de PUCRS (40 anos, mais um ano e meio antes de 1973) que, a qualquer hora seria convidada a me retirar, até porque tanto no curso de Pedagogia como na EAD tínhamos cada vez menos alunos… Mas, minha saída foi muito tranquila, pois foi em dezembro e passei os dois meses de verão na casa da praia…. Então, não senti o impacto de “não ter o que fazer”! Depois, no primeiro semestre, continuei realizando as avaliações de curso a convite do INEP/MEC e viajei pelo país. Logo a seguir, realizei uma assessoria em EAD para uma outra instituição de ensino e, no segundo semestre de 2014, voltei a dar algumas aulas na PUCRS e na EAD, o que me mantem ocupada. Esse é o grande problema do aposentado: depois de trabalhar 40 horas/semanais durante anos, o quê fazer? Eis aqui minha sugestão aos futuros aposentados: planejem atividades para depois. Só viajar e cuidar dos netos (como todos me diziam) é maravilhoso, mas não o suficiente, pois não ocupam todos os espaços vazios.  Currículo Lattes.